A Psicologia da Gestalt ou psicologia da forma, nasce por oposição à psicologia do séc. XIX, criticando Wundt.
Köhler defende que a psicologia deveria decompor os processos conscientes nos seus elementos constituintes e enunciar as leis que regem as suas combinações e relações. Os elementos mais simples seriam as sensações que, associadas, constituiriam a percepção.
Os gestaltistas partem das estruturas, das formas: nós percepcionamos configurações, isto é, conjuntos organizados em totalidade. A teoria da forma considera a percepção como um todo. Primeiro percepcionam o total depois analisam os elementos ou dos pormenores.
O todo não é a soma das partes – na realidade estas organizam-se segundo determinadas leis. Os elementos constitutivos de uma figura são agrupados espontaneamente. Esta organização é, segundo o gestaltismo, essencialmente inatos.
A organização da nossa percepção será estudada pelos gestaltistas que enunciam um conjunto de leis.
- Lei da proximidade – perante elementos diversos, temos tendência a agrupar aqueles que se encontram mais próximos.
- Lei da semelhança – perante elementos diversos, temos tendência a agrupar por semelhanças.
- Lei da contiguidade – perante algo inacabado, temos tendência a acabar.
Os gestaltistas criticam Watson porque este diz que todo depende do meio e Köhler acha que as ideias são inatas.
Max Wertheimer e Kurt Koffka foram outros dos pioneiros que conseguiram provar experimentalmente que diferentes formas de organização perceptiva são percebidas de forma organizada e com significado distinto por cada pessoa.
O grande objectivo do Gestaltismo é compreender segundo que leis se organizam os elementos perceptivos. Os defensores desta corrente pensam que a nossa capacidade de organização perceptiva resulta do nosso modo de funcionamento cerebral. É, em larga medida, de natureza inata, não aprendida.
Edgar Baptista Heribar Estrela
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