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Psicanálise

    Os primórdios da psicanálise datam de 1882 quando Freud, médico recém formado, mostrou-se interessado em descobrir um tratamento efectivo para os pacientes com sintomas neuróticos ou histéricos. Ao escutar os seus pacientes, Freud acreditava que os seus problemas se originavam da repressão dos seus desejos, relegados ao inconsciente. Notou também que muitos desses desejos se tratavam de fantasias de natureza sexual.

    O método básico da psicanálise é a utilização da transferência e da resistência em análise. O paciente, numa postura relaxada, é solicitado a dizer tudo o que lhe vem à mente (método de associação livre), desde aspirações, angústias, sonhos e fantasias, até todas as experiências vividas no passado. Estas são trabalhadas numa sessão, onde o psicólogo tenta manter uma atitude de neutralidade, visando criar um ambiente seguro.

    Muitos colocam a questão de como observar o inconsciente. Se a Freud se deve o mérito do termo "inconsciente", pode-se perguntar como foi possível a ele, ter tido acesso ao seu inconsciente para poder ter tido a oportunidade de verificar o seu mecanismo?

    Como não é possível abordar directamente o inconsciente, Freud desenvolveu alguns métodos para procurar o entendê-lo: actos falhados, sonhos, e sintomas diversos expressos no corpo. Nas suas conferências, na Clark University (publicadas como Cinco lições de psicanálise), recomenda a interpretação como o meio mais simples e a base mais sólida de conhecer o inconsciente. No entanto, outro ponto a ser levado em conta sobre o inconsciente é o facto de Freud introduzir na dimensão da consciência uma opacidade, ou seja, indica um modelo no qual a consciência aparece, não como instituidora de significatividade, mas sim como receptora de toda significação desde o inconsciente. Pode-se prever que a mente inconsciente é um outro "eu", e essa é a grande ideia de que temos no inconsciente uma outra personalidade actuante, em conjuntura com a nossa consciência, mas com liberdade de associação e acção.

 

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